quarta-feira, 10 de setembro de 2008

HISTÓRIA DA GUARDA POPULAR DO INTER

TORCIDAS NO RIO GRANDE DO SUL

O Internacional, como em muitos outros aspectos, é pioneiro em Torcidas. Nos anos 40, comandados pelo inesquecível Vicente Rao, jogador na década de 20, acabou sendo inscrito na história do clube por ser um insuperável animador de torcida. Segundo Carlitos, aquele não era colorado, era "O" colorado, era o Internacional em pessoa. Primeiro Rei Momo de Porto Alegre, Rao gostava de futebol e da juventude, tanto que foi ele quem criou as primeiras escolinhas de futebol do Inter. Ele fazia desenhos dos jogadores do Inter e do time todo para depois levar pessoalmente aos jornais. Nas mãos de Rao, nada deixava de ser declaradamente popular.

É deste tempo também o surgimento das grandes bandeiras e entradas do time em campo abaixo de foguetes, serpentinas, uma barulhada de sinos e sirenes. Por iniciativa de Rao, também, surge nesta mesma década prodigiosa a primeira torcida organizada do Internacional, que também era a primeira que se tem notícia no Brasil. Com o passar dos anos, os colorados foram mantendo sua paixão pelo clube, apoiando a equipe sempre e crescendo seu espaço nas arquibancadas.

Rao foi pioneiro a levar FAIXAS, BANDEIRAS e FOGUETES aos estádios. A torcida do grêmio dizia que aquilo era coisa de crioulo, mas um dia os gremistas não resistiram e também aderiram as faixas e foguetes. RAO estava preparado e abriu um enorme pano no estádio escrito: "Imitando crioulo, heim?".


GUARDA POPULAR COLORADA

A Guarda Colorada não é uma torcida organizada. Quando começou, era apenas um grupo de colorados que assistiam juntos aos jogos do Inter na Arquibancada Inferior do Beira-Rio. A excelente campanha da equipe colorada no Brasileirão de 2005 fez com que a torcida ganhasse novos adeptos. Faixas foram confeccionadas e a Guarda Colorada foi ganhando expressão a cada jogo. Em 2006, a "Popular", como também é conhecida, alcança cerca de 5.000 torcedores (90% sócios do clube) que ficam alojados atrás da goleira do placar eletrônico.

A torcida tornou-se um referencial de apoio incondicional ao time no Beira-Rio, e nos momentos mais críticos das partidas, quando o placar está adverso ou o time não vai muito bem em campo, a Guarda Popular Colorada não hesita em dar seu incentivo, seja cantando músicas de amor e paixão ao clube, o próprio hino ou gritos de guerra.


SOBRE

Companheiro colorado, este lugar é para ti.
Para ti, que com sol, chuva, vento, frio ou calor, chega cedo no estádio para apoiar o nosso Inter.Para ti, que leva tua bandeira, teu papel, tua bobina, teu fogo, para receber o clube como ele merece.Para ti, que adia compromissos, agenda novas datas, negocia com o chefe, o médico, a mãe, a(o) namorada (o), para não perder aquele jogo importante fora de casa.Para ti, que sabes que sem luta, é impossível conquistar as vitórias.Nosso clube foi construído com a tua força. A força do povo, que rompeu as águas para erguer o nosso templo. Que suportou as dores e derrotas, as gozações e as brigas, para conquistar seis estrelas e uma tríplice coroa.O Internacional existe por causa de uma certeza. A certeza de que não há opressor que supere a força dos oprimidos, quando eles se erguem para conquistar o mundo. A certeza de que não há outro poder mais forte que o poder do povo. Desta massa vestida de branco e rubro, que canta em toda partida a emoção de mais uma taça, mais uma conquista.Que canta, acima de tudo, a emoção de amar o Inter apenas por ele existir.Tu fazes parte dessa massa?Então vem comigo.Nós somos a Guarda Popular do Inter.

O poder da vitória está nas tuas mãos.

HISTÓRIA DO GIGANTE

O Gigante

O Estádio Beira-Rio é a casa dos colorados, o palco das grandes conquistas do Internacional, eternizadas no gramado por onde desfilaram os grandes craques do Clube mais vencedor do Sul do País. O Gigante da Beira-Rio segue forte e sólido há 39 anos, recebendo com orgulho a Maior e Melhor Torcida do Rio Grande.

A construção

Exatamente no ano em que estava terminando uma longa hegemonia do Inter no futebol gaúcho, 1956, começou a história da construção de um grande estádio, o Beira-Rio. Seu nome de fato é Estádio José Pinheiro Borda - o nome de um velho português que durante muitos anos comandou as obras, se tornando o maior realizador do grande sonho e que infelizmente não pode vê-lo concretizado.No dia 12 de setembro de 1956, o vereador Ephraim Pinheiro Cabral, um homem do futebol, que por várias vezes presidiu o Inter, apresentou na Câmara de Porto Alegre o projeto de doação de uma área que seria aterrada no rio Guaíba. Na verdade o Inter estava ganhando era um terreno dentro da água. Só em 1959 o clube fincava as primeiras estacas do Beira-Rio.
Beira-Rio foi construído em grande parte com a contribuição da torcida, que trazia tijolos, cimento e ferro para a obra, inclusive do interior. Nesse sentido, havia programas especiais de rádio, para mobilizar os torcedores colorados em todo o Rio Grande do Sul. Consta que até Falcão, mais tarde ídolo colorado, chegou a trazer tijolos para a construção. Na década de 60, uma época difícil para o Inter no futebol, o Beira-Rio, ironicamente chamado de Bóia Cativa parecia que jamais seria concluído. Cansados das derrotas do time nos Eucaliptos, ali pertinho, os torcedores saiam para ver as obras do novo estádio. A gente torcia por pedreiros, lembram os colorados daquele tempo.

FUNDAÇÃO DO INTERNACIONAL

O princípio do Clube do Povo


Data de fundação do clube: 4 de abril de 1909


A origem do Sport Club Internacional está associada a três integrantes da família Poppe: Henrique, José e Luis. Eles chegaram a Porto Alegre, em 1908, vindos de São Paulo, foi fácil abrir uma loja de roupas e logo começar a ganhar dinheiro. A capital gaúcha se modernizava e progredia rapidamente. Desde o fim do século XIX, possuía fábricas de máquinas, tecidos, móveis e cerveja; há quatro anos os bondes elétricos tinham substituído os puxados a burro; acabava-se de instalar iluminação elétrica em todas as ruas do centro; e a população havia saltado de 73 000 habitantes em 1900 para 120 000 naquele ano de 1908.
Difícil mesmo para os Poppe foi serem aceitos como sócios em algum clube da cidade. Jovens de 20 e poucos anos, eles queriam praticar esportes, de preferência o futebol. Mas o Grêmio, que já existia há seis anos, se fechou para eles. E também os clubes de remo, de tiro, de tênis. A desculpa era sempre a mesma: gente recém chegada, pouco conhecida... Aí, os irmãos Poppe se irritaram e resolveram fundar seu próprio clube. Começa assim a história do Sport Club Internacional.


A Democracia

Os discursos ouvidos nas reuniões sempre giravam em torno de um princípio muito importante para os Poppe e para aqueles que ali estavam. O Internacional estava sendo criado para brasileiros e estrangeiros, uma clara alusão à política de discriminição dos outros clubes de Porto Alegre. E esta democracia de acesso muito cedo oferecida pelo Internacional é a melhor explicação para o fato de que estudantes e empregados do comércio predominassem como jogadores do time. A cada domingo crescia o núcleo dos que iam apoiá-los contra seus adversários.

Como nasceu o símbolo colorado?

O primeiro símbolo do Sport Club Internacional era formado com as iniciais - SCI - bordadas em vermelho sobre o fundo branco, sem a borda também vermelha que apareceu logo em seguida. Já na década de 50 aconteceu a inversão, com a combinação de letras passando a ser branca sobre o fundo vermelho. Hoje, sobre o distintivo, o clube ostenta orgulhosamente as suas seis estrelas: três campeonatos brasileiros, uma Copa do Brasil, a Copa Libertadores da América e o título Mundial Interclubes.

Primeiros dirigentes: entre eles, um presidente de 17 anos

O primeiro presidente do Sport Club Internacional surpreendia pela idade. João Leopoldo Seferim tinha 17 anos quando foi eleito para comandar o Clube. Mas, o presidente de honra tinha que ser mais velho e com prestigio indiscutível na cidade. E assim ocorreu. Foi escolhido para o cargo o diretor da Limpeza Pública e líder político distrital, capitão Graciliano Ortiz, para vice-presidente, Pantaleão Gonçalves de Oliveira. Legendre das Chagas Pereira, 1° secretário; Manoel Lopes da Costa, 2º secretário; Antonio Cícero, 1° tesoureiro; Waldemar Fachel, 2° tesoureiro; Henrique Poppe Leão, orador oficial; e Irineu dos Santos Luis Madeireira Poppe, e Alcides Ortiz, integrantes da comissão de campo completavam a diretoria.

ALMA COLORADA

Inter, um time grande, um time de raça, um grande time!!!Inter e torcida: UMA SÓ PAIXÃO!!!

TÍTULOS DO INTER

O Sport Club Internacional acumula ao longo dos seus 99 anos de história muitas conquistas. Os títulos e as taças erguidas eternizam o espírito vitorioso do Colorado na sua gloriosa trajetória. Em diversos tempos, em diversas competições e com diferentes times, o Internacional nunca parou de conquistar títulos.


Os títulos pela categoria profissional:


1912 - Taça Independência
1913 - Campeão Metropolitano de Porto Alegre (primeiro título)
1913 a 1964 - Campeão da cidade de Porto Alegre (24 vezes de 1913 a 1964, e extra em 1972)1927 - Campeão Gaúcho
1934 - Campeão Gaúcho
1940 - Campeão Gaúcho
1941 - Bicampeão Gaúcho
1942 - Tricampeão Gaúcho
1943 - Tetracampeão Gaúcho
1944 - Pentacampeão
1945 - Hexacampeão Gaúcho
1947 - Campeão Gaúcho
1948 - Bicampeão Gaúcho
1950 - Campeão Gaúcho
1951 - Bicampeão Gaúcho
1952 - Tricampeão Gaúcho
1953 - Tetracampeão Gaúcho
1953 - Campeão do Torneio Quadrangular Régis Pacheco (Bahia)
1955 - Campeão Gaúcho
1956 - Campeão Panamericano representando a Seleção Brasileira
1961 - Campeão Gaúcho
1969 - Campeão Gaúcho
1970 - Bicampeão Gaúcho
1971 - Tricampeão Gaúcho
1972 - Tetracampeão Gaúcho
1973 - Pentacampeão Gaúcho
1974 - Hexacampeão Gaúcho
1975 - Heptacampeão Gaúcho
1975 - Campeão Brasileiro
1976 - Octacampeão Gaúcho
1976 - Bicampeão Brasileiro
1978 - Campeão Gaúcho
1978 - Campeão do Torneio Viña del Mar
1979 - Tricampeão Brasileiro de forma invicta
1980 - Vice-campeão da Libertadores da América
1981 - Campeão Gaúcho
1982 - Bicampeão Gaúcho
1982 - Campeão da Copa Juan Gamper, em Barcelona/Espanha
1983 - Tricampeão Gaúcho
1983 - Campeão do Torneio Costa do Sol, em Málaga-Espanha
1983 - Campeão do Torneio Costa do Pacífico, no Canadá
1984 - Tetracampeão Gaúcho
1984 - Vice-Campeão Olímpico representando a Seleção Brasileira
1984 - Campeão da Copa Kirin, em Tóquio-Japão
1984 - Campeão do Torneio Heleno Nunes
1987 - Campeão do 1º Torneio Internacional de Glasgow-Escócia
1987 - Campeão da Taça Governador do Estado (Quadrangular de C. Grande)
1987 - Torneio da Cidade de Vigo
1989 - Campeão do Torneio de Celta-Espanha
1991 - Campeão Gaúcho
1991 - Campeão da Copa do Estado
1992 - Copa Wako Denki (Japão)
1992 - Bicampeão Gaúcho
1992 - Campeão da Copa do Brasil
1994 - Campeão do Torneio Beira-Rio
1994 - Campeão Gaúcho
1996 - Campeão do Torneio Mercosul
1997 - Campeão Gaúcho
2001 - Bicampeão do Torneio Viña Del Mar-Chile
2002 - Super Campeão Gaúcho
2003 - Bicampeão Gaúcho
2004 - Tricampeão Gaúcho
2005 - Tetracampeão Gaúcho2006 - Campeão da Libertadores da América2006 - Campeão da Copa do Mundo de Clubes Fifa
2007 - Recopa Sul-Americana
2008 - Dubai Cup2008 - Campeão Gaúcho

RIVALIDADE

O Gre-Nal é, talvez, a maior paixão do povo gaúcho. Nada mais motiva, nada mais mexe com as questões mais profundas da alma do Rio Grande do Sul que o encontro dos dois maiores clubes do estado. E para a maior torcida do Rio Grande, falar em Gre-Nal é falar de Inter, falar do clube que possui a supremacia nos números e na história do clássico.
Desde 1909, quando se enfrentaram pela primeira vez, o jogo se tornou um marco para as duas torcidas. Aonde quer que existam um gremista e um colorado, dia de Gre-Nal é sagrado. Não importam os compromissos particulares, profissionais ou familiares, todas as atenções serão sempre voltadas para a partida de futebol. E nada mais justo que o maior vencedor do clássico tenha sua história contada também pelo Gre-Nal


O Internacional superou o Grêmio na década de 40, época do lendário "Rolo Compressor". No clássico de número 88 superava o tricolor no número de gols, e no jogo seguinte, o Colorado assumia a ponta no critério de vitórias para nunca mais perdê-la. É colorado o recorde de partidas invicto: 17 jogos na década de 70. É também colorado o maior artilheiro da história dos clássicos, o inesquecível Carlitos: o atacante marcou 42 gols em 62 clássicos disputados. Para completar, o Internacional sempre venceu em jogos decisivos ou cercados de circunstâncias especiais.

Foi assim na inauguração da nova bandeira do Grêmio (7 a 3) e na inauguração do Olímpico (6 a 2). No aniversário de 200 anos de Porto Alegre, o colorado também se saiu vitorioso. Somente em 2004, o Internacional venceu o Grêmio no dia do seu aniversário (2 a 1 pelo Gauchão dia 4 de abril), e no aniversário do rival (2 a 0 pela Copa Sul-Americana no dia 15 de setembro), feito homenageado pelos torcedores com um irônico e bem-humorado "Parabéns pra você". E, é claro, acabou sendo colorado o milésimo gol em Gre-Nais. Foi também o Inter o primeiro (e até o momento, único), time a superar a barreira dos 500 gols no clássico com um gol de Almir em 1999.

Quando a conversa se torna oficial, de jogos eliminatórios, o Internacional é ainda mais superior. Até hoje, os rivais se enfrentaram por três competições nacionais e uma internacional. Em todas deu Inter: Copa União 1988, Copa do Brasil 1992, Seletiva Pré-Libertadores 1999 e Copa Sul-Americana 2004.

É esta a história da maior torcida do Rio Grande no mais aguerrido clássico do Brasil. Soberana, campeã e acima de tudo, Internacional.

SIMBOLOS

SACI

Para identificar o Inter como um clube do povo, nas páginas esportivas da antiga Folha Desportiva e do jornal A Hora, surgiu na década de 50 a figura do Negrinho, um personagem cheio de ironia e malandragem.Com o tempo, o Negrinho acabou virando o Saci, aquele que gosta de armar ciladas contra as pessoas, coisa que no futebol os colorados sempre gostaram de fazer contra os adversários.
ESCUDO
O primeiro distintivo do Sport Club Internacional era formado com as iniciais - SCI - bordadas em vermelho sobre fundo branco, sem a borda também vermelha que apareceu logo em seguida.
Mais tarde aconteceu a inversão, com a combinação de letras passando a ser branca sobre fundo vermelho. Com a conquista da Libertadores da América 2006, o distintivo ganhou mais uma estrela. Seu tamanho é 50% maior que as demais e foi localizada um pouco acima das quatro, que representam as conquistas dos três campeonatos brasileiros (1975-1976 e 1979) e da Copa do Brasil (1992).
Porém, ainda em 2006, o Inter conquistou o Mundial Interclubes e a estrela que simboliza o título da Libertadores foi trocada de lugar, sendo postada entre as quatro dos títulos nacionais para, logo acima dela, ser colocada a majestosa estrela diamante do Mundial.